quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Fitas Lilases


- Olha lá! Olha lá! É ela, galera; é ela!!!

Todos correm à janela. Lá de cima, acompanham cada passo da moça que, percebendo a presença dos garotos, atira-lhes beijos, sorrindo.

Apesar da simpatia, sabem que ela não é para o bico deles. Luciana é dessas mulheres que, com seus 25 anos, não precisam se esforçar muito para chamar a atenção. Já ao longe, sentia-se seu perfume suavemente amadeirado que anunciava algo de novo no ar. E logo, surgia ela, num caminhar leve, superior. A musculatura das pernas se enrijecendo a cada passada fazia levantar o bumbum, parcamente acobertado por uma mini-saia jeans – uma espécie de marca registrada sua. O rosto, sempre expressando tranqüilidade e segurança, deixava a todos em estado de encantamento.

A cena era corriqueira no Sodape Ladeira, bairro famoso pela quantidade de repúblicas estudantis.

A molecada, sempre em polvorosa a cada aparição de Luciana, vivia o auge da puberdade; pêlos e hormônios espalhados por seus corpos já bem formados, porém mal conduzidos por uma mente ainda juvenil. Não se incomodavam nem um pouco em fazer claque a uma diva tão formosa.

Pelo contrário. Botavam o volume do som nas alturas e se sentavam no parapeito, só de cuecas, exibindo pernas e volumes, como um bando de primatas apelando aos instintos primários. Queriam ser vistos. Mostrar-se. Exibir -se.

E ela, que para chegar à sua casa – também numa república – tinha de passar por ali, estava já acostumada a toda sorte de elogios que lhe era dispensada. Educada, retribuía-lhes com um sorriso, ou um beijinho, ou os dois. Era o suficiente para que se criassem calorosas discussões entre eles, sobre quem teria, um dia, a honra de passear por aquela boca, de tocar aquelas pernas, de levantar aquela saia... Pobres pirralhos!

Alexandre era um dos que sonhavam ardorosamente com Luciana. Dividia um quarto com mais cinco colegas, na República dos Catarina. Estava lá por indicação de seu irmão mais velho, Haroldo, que passara alguns anos ali morando, até se formar pela universidade local. O motivo estava logo ao lado: ‘La Maison’ - o antigo casarão que hospedava uma república só para mulheres, onde morava Luciana.

Alexandre passava o tempo dividido entre os estudos acadêmicos e o trabalho num escritório, onde dava aulas de inglês a advogados. Era uma atividade enfadonha - que fazia sem muito desejo -, mas necessária. A família pouco o ajudava; de quando em quando, e com quantias irrisórias. Ao menos se sentia bem quando tinha de vestir o terno. Antes, porém, de voltar para casa, preocupava-se sempre em tirar o paletó, a gravata e também de dobrar as mangas da camisa; tudo para evitar a gozação dos colegas, que o chamavam ‘Engomadinho do Sodape”.

Após um ano, ele já se sentia bem ambientado em meio ao perene caos em que vivia.

Seus colegas de quarto passavam boa parte do dia em meio à fumaça da maconha, reservando a noite para beber pinga ou cerveja – o que fosse mais fácil e barato de se comprar. Mesmo não sendo adepto a esta ou àquela prática, Alexandre não se sentia mal ao dividir seu espaço com os demais. Era, na sua visão, a oportunidade de se inteirar do que estava se passando, do que ia rolar e do que já tinha acontecido. E se sentia muito bem quando ficava sabendo de alguma fofoca sobre Luciana; se ela havia passado por ali; como estava vestida; se havia sorrido, mandado beijocas...

E o assunto não podia mesmo ser outro. Por ser estudante do Mestrado, ela era o imaginário coletivo em forma de mulher... Sonho de consumo de todas as turmas da universidade, desejo de todas as repúblicas e fetiche-mor de todo aquele que cultuasse a mulher. Havia sido contemporânea de Haroldo, mas resolveu seguir com os estudos, permanecendo na mesma república, para deleite das gerações vindouras.

Alexandre era um dos que se empoleirava na janela, mas sempre em silêncio. Não precisava chamar a atenção dela, pois tinha um trunfo: ser irmão de Haroldo, de quem Luciana se tornara amiga. Quando dava a sorte de topar com ela pela rua, a moça invariavelmente lhe dispensava calorosas palavras por conta da amizade travada com o irmão.

- Nossa, “Haroldinho”, você é igual ao seu irmão, só que ainda mais bonito! - dizia, para total desconcerto de Alexandre.

Sem jeito, nunca respondia nada. Na hora, a fala sumia e ele apenas sorria, como um adolescente ainda cru, que só consegue se desabafar em solitário. Mas o elogio permanecia por dias em sua memória, e lhe servia como estímulo para todas as obrigações do cotidiano, até que houvesse um próximo encontro.

As lembranças das primeiras e atrapalhadas experiências sexuais foram ficando cada vez mais distantes. E cada vez mais sua ‘realidade’ era pensar nas pernas de Luciana, em seu rosto deslumbrante, em sua bunda estonteante e em suas palavras, “- Mais bonito que o irmão!”, sempre rememoradas com intenso prazer na solidão do banheiro do escritório.

Ao fim do ano letivo, ao contrário dos amigos e demais colegas, resolveu não voltar à cidade natal para ver a família. Achou mais prudente preservar o emprego e aproveitar para adiantar algumas disciplinas em cursos de verão oferecidos pela universidade.

O período das festas natalinas se aproximava e ele se sentia um pouco melancólico. Porém, para além das saudades, sentia falta do calor humano; sentia falta do corpo de alguém. Pensava, ocasionalmente, em sua mãe e em seu irmão, mas preferia se lembrar das colegas de sala, da ex-namorada e, principalmente, da bunda de Luciana, motivo das maiores satisfações que alcançava!

Naquela manhã, véspera de Natal, já não havia viv’alma nos Catarina, bem como em todas as demais repúblicas do bairro – o Sodape Ladeira estava como uma manhã de Cinzas; deserto e inóspito. Alexandre acordara cedo para se arrumar; teria de ir ao escritório para uma pequena confraternização. Antes, olhou pela janela a rua vazia logo à frente... E suspirou ao imaginar Luciana passando, rebolando só pra ele...

Voltando do escritório, pensava no que faria naquela noite, imaginando que seu destino seria mesmo ir dormir cedo. O ônibus, antes lotado, se esvaziara ao se aproximar de seu ponto. Apesar de um certo vazio existencial, sentia-se bonito com aquele terno.

Ao descer do ônibus, deu de cara com Luciana que, arregalando os olhos, exclamou:

- Haroldinho!? Que chique que você está!!! Que elegância, menino!...

Era a primeira vez que Alexandre chegava em casa trajando ‘esporte fino’.

E ele quase engasga!

- É... É minha roupa de trabalho... Nunca me viu assim, não?
- Não sei... Se vi, não reparei. Mas tá um charme!... De sapato e tudo!... E essas abotoaduras, que chique!?
- É, acabei de ganhar do meu chefe...
- Mas que trabalho é esse? Até no Natal?
- É... Até no Natal... Mas não teve nada; só confraternização...
- E o que você faz lá? – quis saber Luciana.
- Dou aula de Inglês aos funcionários de um escritório de advocacia...
- Inglês?! Sempre quis aprender Inglês!

Instintivamente, Alexandre disse:

- Bem, se você quiser, posso te dar umas aulas... Prometo não cobrar nada!

Luciana já esperava por essa resposta.

- Claro! Se você puder, podemos começar hoje mesmo! Não pude passar o Natal em Teófilo Otoni por conta do Mestrado... Não tô dando conta, Haroldinho... Tá foda! Enfim, passa lá à tarde, por volta das 5, 6 horas; pode ser? Minha janela é aquela lilás, que fica virada para a Rua de Fora, sabe qual é?...

Aquelas palavras soaram como os mais afinados sinos de Natal aos ouvidos do jovem Alexandre! Nunca ele poderia imaginar que receberia um presente tão bem embrulhado e cheio de fitas... Fitas lilases!...

Entrou em seu quarto quente e abafado, mas não o incomodava o terno preto, de tecido sintético. Pelo contrário; ajeitou a gravata e fez pose de homem elegante frente ao espelho. Esticou o braço esquerdo e pôs-se a ajeitar as abotoaduras, imaginando repetir o mesmo gesto ao encontrar Luciana.

E se lembrou dos primeiros relatos que escutara de Haroldo, dando conta de uma certa mineirinha, de nome “Lu”, que arrasava o coração da pivetada. Haroldo chegou a confidenciar a ele uma situação, numa festa, em que passou a noite cuidando de uma embriagada Luciana, quando pode deitá-la sobre seu colo e acariciar aqueles cabelos lisos e densos, madrugada adentro, sem, no entanto, haver desfrutado de sua divina flor; nem da boca, nem da outra.

Desde o início da puberdade, fora ela quem ocupara o lugar de maior destaque em suas incursões sexuais imaginárias. Antes, por conta dos relatos de seu irmão; agora, por conta de seus próprios olhos. Sempre a imaginou como uma mulher perfeitamente linda, cheirosa, gostosa...

Já impaciente, olhou para o relógio: - “Ainda são duas da tarde!...”

Levantou-se e retirou do armário o último pacote de miojo, mas não teve fome para comer. Só sentia excitação, tesão. Andava de um lado para o outro, pensando em como abordá-la durante a classe. Sentia vontade de se masturbar, mas achou que isso poderia atrapalhar, ser um desperdício de energia.

A ansiedade, no entanto, foi maior. Abriu o zíper e tocou seu pau, já duro. Tirou o terno, deitou-se na rede e passou a pensar em Luciana de todas as formas... Não foi preciso muito. Ao imaginá-la com aquele sorriso característico, deitada, de pernas abertas, com a buceta vermelha, gozou precipitadamente. Permaneceu ali por alguns minutos, com um sorriso bobo nos lábios e a mão melecada ainda segurando o pau; e logo estava novamente excitado.

À hora marcada, lá estava Alexandre, de banho tomado, com o mesmo terno, sob a janela lilás:

- ...Ô, Luciana!...

Da janela, já aberta, apareceu Luciana, com uma toalha em forma de turbante a prender os cabelos:

- As meninas da Maison viajaram todas; sou eu quem está cuidando da casa. Pode subir, Haroldinho!

Nesse instante suas pernas tremeram. E todo o perfume se evaporou com o calor de seu corpo.

Sentindo o coração palpitar, adentrou ao casarão e caminhou pelo átrio deserto, até alcançar as escadas. Não havia realmente ninguém, mas era como se todos os olhares do mundo estivessem sobre ele. A expectativa de todos os pivetes lhe caía sobre os ombros, esmagando-o contra o chão, tornando cada passo uma prova de força e fôlego.

“Quando eu contar pro Haroldo, ele não vai acreditar!..." -, pensou.

Subiu dois lances de escada e bateu à porta. Após alguma demora, Luciana abriu e, desfazendo o turbante em sua cabeça, convidou-o a entrar. Descalça, vestia uma indecente mini-saia, além de uma blusinha decotada, feita em renda branca.

- Eu tinha acabado de sair do banho; ainda estou molhada... Desculpa a demora!...
- Claro...
- Não liga para a bagunça, não. É que as meninas viajaram e deixaram essa zona que você está vendo!
- É, tô vendo...
- E então... Como é que você quer dar essas aulas? Como é o seu ‘método’? -, disse ela, maliciosamente.

Avistando uma mesinha redonda, ele apontou e disse: -"Pode ser aqui mesmo!".

Tentando demonstrar tranqüilidade, Alexandre pôs-se a falar sobre a metodologia do curso enquanto abria uma pasta cheia de papéis, colocando-os sobre a mesa. Ela, como uma menina levada, olhava-o com exagerado interesse, e mexia muito nos cabelos, levantando-os num rabo de cavalo e abanando a nuca: -Fuu... Que calor, né Haroldinho?!

Alexandre se perdia no raciocínio, quase não acreditando no que via. Faltavam-lhe as palavras. Já não conseguia falar do curso. E ela, a esta altura, já dominara completamente o desenrolar da conversa, inserindo questionamentos que apenas serviam para deixá-lo mais confuso, enquanto se divertia: “Você gosta de alunas que usam saia?”; “Não te atrapalha?”; “Você pode me ajudar, se eu tiver dificuldades?”.

Luciana parecia achar graça naquela confusão, e passou a provocá-lo ainda mais. Aproximou sua cadeira da dele, deixando bem à mostra suas coxas; o mais belo par de coxas de todas as Minas Gerais. Alexandre acusou o golpe. Tentava não olhar fixamente para suas pernas, mas não conseguia sequer dissimular, sentindo entre suas próprias pernas o descontrole de suas vontades se pronunciar.

Vendo que ele mal se segurava, Luciana olhou em seus olhos e disse: - “Eu gosto mesmo é de falar Francês...” – e, aproximando-se até quase encostar-se a ele, fez um biquinho molhado com os lábios carnudos e disse, languidamente: - “Je t’aime, mon’amour... Ce n’est pas plus plaisireuse , Haroldinho?...”.

Alexandre sentia pontadas de prazer, mas não sabia o que fazer diante de sua nova aluna. Sua vontade era de puxá-la pelos cabelos e enfiar as mãos por baixo da mini-saia!... Mas, assim como ocorre em pesadelos, seus músculos não se moviam, e ele ficava no mesmo lugar. Olhava para Luciana, antes tão inatingível, agora à sua frente, fazendo caras e bocas, biquinhos e lingüinhas, mostrando-lhe a nuca e as pernas... Mas ele não se mexia.

Após uma hora de conversa, as provocações de Luciana não surtiam qualquer efeito. Nem mesmo a calcinha que ela fizera questão de mostrar - “Olha, é azulzinha...” – deu resultado. Àquela altura, com ele já tendo vislumbrado e mentalizado todo tipo de ataque, o telefone tocou. Alexandre se recompôs na cadeira e Luciana foi atender.

Enquanto isso, ele aproveitou para repensar o que deveria fazer para conseguir agarrá-la... Mas só de imaginá-la nua... Só de imaginar a possibilidade de vê-la entregue, de ter de acariciar sua bunda, de lamber sua buceta, tudo isso o apavorava. Era tanta adrenalina que seus músculos não mais o obedeciam.

De súbito, ela adentrou ao quarto e disse: - “Era a Lia, da Biologia; você conhece? Pois é, vou passar o Natal com a família dela. Tenho de me arrumar... Sabe, Haroldinho, acho que nunca vou aprender Inglês! É muito enrolado... Se eu mudar de idéia, te procuro, tá?” -, disse ela, conduzindo um atordoado Alexandre até a porta.

Passando novamente pelo átrio, já sem qualquer peso em suas costas, sentiu um misto de revolta e arrependimento. Olhou para as janelas da Maison e mastigou entre os dentes: - “Dissimulada...” E já saindo, completou: “Quando eu contar pro Haroldo, ele não vai acreditar!...”.

12 comentários:

Carol Sakurá disse...

Maestral,Maltrapa!
Conto com doses de sensualidade.
Adorei,né?
Estava com saudades!
Bjs!

O Maltrapa disse...

Texto de estréia de ano novo com "doses de sensualidade" é sempre bom, né, Carol!?

Vâmo que vâmo!

Beijo,

O Maltrapa

Ps: e viva Minas!

Mylla Galvão disse...

É Maltrapa...

Tabelinha igual aquela... Faz tempo q o futebol não vê... Bom prá Tricolores e os Vascaindo babarem um pouco na gente...
Pq Domingo no Maraca o bicho vai pegar
"de com força"!!!
Hehehehehehehe

Obrigado pela visita! Depois volto para ler o conto com mais calma tá?

SRN

Marcya disse...

Um texto erótico na melhor medida: envolvente, fluido (hummm), divertido, longe do óbvio e que faz a gente vivenciar a excitação do “Haroldinho” como nossa, ainda que na pele do sexo oposto. Vi tudo como num cineminha e outra vez fiquei com vontade de filmar... Mais um argumento de autoria do Maltrapa! Beijos...

Marcya disse...

Ah, quase esqueci: adorei o título!
:o)))

Márcio disse...

Escriba, invoco aqui o santo protetor dos politicamente incorretos para perguntar: que porra de homem é esse que chama uma mulher de "dissimulada"? O que foi que houve com os bons e velhos "vadia", "escrota", "piranha", "vagabunda", "rameira" e quetais? Tá na hora de soltar seu lado Nelson Rodrigues, Jorge Amado, Pedro Juan Gutiérrez!!!

O Maltrapa disse...

É isso aí, Mylla; vamos pegar as tricoletas "di cum força" no Domingo!

O Império do Amor reinará sobre a Terra....

Quanto ao conto, volte e leia, pois vale a pena!

Abraço,

O Maltrapa
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Marcya, gostei dessa estória de roteirizar os contos... Aliás, conto com você! (não podia perder o trocadilho, hehehe...)

beijos...
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Contreiras, há de se perceber a ironia dos fatos, visto que Luciana foi tudo, menos dissimulada. A incompentência de "Haroldinho" o fez querer vingar-se. Quando rascunhei o texto, escrevi: "Essas mulheres... Humpf! Tudo um bando de piranhas!", mas acabei percebendo que a fala ficaria muito raivosa e a ironia se perderia.

Isso, contudo, não o impede -como leitor - de completar a fala de Haroldinho com a carga de impropérios que lhe vier à cabeça, não é mesmo? Vamos, tente; vai ser divertido! Hahahaha!!!

Grande abraço,

O Maltrapa

Dias de Setembro disse...

João, João, como é que você deixa o Haroldinho "na seca" assim logo no início do ano? rsrs
E eita que essa Lu é impaciente e apressada e boba...como é que larga o menino pra ir passar natal na casa de Lia?
Beijo de feliz 2010!!! Tita

O Maltrapa disse...

Tita, não é sempre que um cavalo selado e premiado nos passa à frente...

Se houve um bobo na situação, é o burrico do Haroldinho! O garoto tem muito o que aprender, hehehe...

Sorte dele que o mundo não para de girar (para bom entendedor, ponto é vírgula - e cisco é Francisco!).

Beijo grande,

O Maltrapa

Carol Sakurá disse...

Passando pra desejar uma ótima semana pra ti!
Bjs ao poeta subversivo...rs!

O Maltrapa disse...

A semana será ótima, Carol, conquanto o Fuderosão Doutrinador Master do Futebol Mundial dê o devido desfecho ao Domingo impondo às tricoletas a necessária e corriqueira dose de sofrimento na peleja de logo mais... Mengo 4x1!!!

Boa sorte também ao seu querido Galo!

"Quanto riso! Ah, quanta alegria!!!"


O Maltrapa

Ps: sexo não é subversão, mas revolução, hehehe...

Carol Sakurá disse...

Maltrapa!
Vim agradecer-lhe pelo coment lá no blog.
O bolo tem recheio de leite condensado,menino.E aí?
rsrsrsrsrs

Beijos!