tag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post8750295591977644138..comments2021-06-13T11:49:05.428-03:00Comments on O Antropólico Maltrapilho: Piano BarO Maltrapahttp://www.blogger.com/profile/18375232377004236552noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post-26738275706877533452010-06-01T17:17:09.174-03:002010-06-01T17:17:09.174-03:00Muito bom, Contreiras! Ainda que eu não tenha qual...Muito bom, Contreiras! Ainda que eu não tenha qualquer familiaridade com as ruas de NY - o que me faz perder alguma coisa do texto - dá para usufruir da atmosfera que ele criou. E a experiência é universal; quem não passou por situãção semelhante?<br /><br /> Abraço,<br /><br /> O MaltrapaO Maltrapahttps://www.blogger.com/profile/18375232377004236552noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post-67312424524547599972010-05-27T17:39:16.638-03:002010-05-27T17:39:16.638-03:00Só hoje parei para ler com calma o texto novo, Lim...Só hoje parei para ler com calma o texto novo, Lima Santos. É notável a evolução na criação do clima, pois não é tarefa fácil descrever bem, evitar os excessos, particularmente de adjetivos. Te falei do livro que um cara que domina esse métier, que é Gay Talese. Gostei tanto de um trecho em particular de "Fama e Anonimato", que o digitei (nem a tradução prejudicou) para tê-lo sempre à mão:<br /><br /><i>Ele a viu quando ela atravessava a Lexington Avenue, vinda da Bloomingdale’s, e logo se pôs a acompanhar seus passos. Ela passou pelo quiosque do metrô, passou pela catraca e se postou na plataforma, entre uma máquina de chicletes e o enorme pôster de um homem de sorriso arreganhado que conseguira um emprego por meio de um anúncio no New York Times<br /> A moça teria uns 25 anos. Tinha pernas compridas e bronzeadas, cabelos loiros curtos e puxados displicentemente para trás – talvez com os dedos. Trajava um vestido amarelo simples, luvas brancas, e estava sem maquiagem. Seu corpo era esguio e anguloso. Era o tipo de jovem que se vê no East Side, fazendo compras na Bloomingdale’s, saindo de delicatessens caras, carregada de sacolas ou indo para casa de ônibus, pela Fifth Avenue, depois do trabalho. Essas jovens costumam evitar o metrô, mas vez por outra se enfiam nele, e quando ela entrou, ele a ficou observando.<br /> Outros homens também a olhavam. Certamente a moça tinha consciência disso, mas não passava recibo. Fazia parte do jogo. Os homens tentavam ser sutis, andando na plataforma fingindo indiferença, vez por outra observando a imagem da moça refletida no espelho da máquina de chicletes. Muitas vezes eles se surpreendiam uns aos outros nesse jogo, e às vezes trocavam um sorriso torto. Às vezes se recompunham, assumindo uma postura altiva. Quando o trem dela chegou, ele a seguiu, mantendo-se alguns passos atrás dela, e a viu sentar-se do outro lado do corredor, os joelhos bem juntos, as mãos enluvadas recatadamente pousadas no colo, os olhos azuis inocentemente fixos em frente.<br /> O trem começou a ranger nos trilhos, rumo à Fifth Avenue, as luzes do túnel escuro passando rápido, uma senhora gorda com uma sacola da Macy’s balançando sem parar, os homens espiando a moça bonita por cima dos jornais; ela não ousava olhar para eles – para não estragar a imagem da inocência no metrô.<br /> Se ao menos acontecesse alguma coisa – se ao menos o trem tivesse uma pane, se as luzes se apagassem, se a mulher gorda caísse - , haveria um pretexto para falar com aquela deusa sentada a um metro e meio de distância, do outro lado do corredor. Mas nada aconteceu. O trem seguiu em frente normalmente, como sempre acontece quando a gente não quer que seja assim.<br /> Parou na Fifth Avenue.<br /> Depois na Forty-Ninth Street.<br /> Depois na Forty-Second Street, e então a jovem levantou-se rápido, firmou-se no balaústre por um instante e se foi – como todas as outras garotas encantadoras e atraentes que ele vira em Nova York, com as quais nunca falara, e que ele provavelmente nunca mais veria.</i><br /> <br /><br /><br /><br />Gay Talese, “Fama e Anonimato”, págs 40 a 42.<br /><br />E aí: identificou-se? Gostou/desgostou?Márciohttps://www.blogger.com/profile/05402547699657439926noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post-89985605201068140042010-05-22T10:28:33.826-03:002010-05-22T10:28:33.826-03:00Li emais uma vez adorei o seu olhar especial sempr...Li emais uma vez adorei o seu olhar especial sempre com uma dose de suspense que prende o leitor do começo ao fim. beijão.<br /><br /> Eliana LucenaEliana Lucenanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post-77798782624275450762010-05-21T19:35:03.196-03:002010-05-21T19:35:03.196-03:00c'est la vie.........não tem tu, vai tu mermo!...c'est la vie.........não tem tu, vai tu mermo!!!!!Gostei do clima "noir".bbjjiinns da Z.Roseane zhttps://www.blogger.com/profile/07457973934999216168noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4096678262852486986.post-73187918157175456662010-05-19T22:09:40.449-03:002010-05-19T22:09:40.449-03:00Hum,Maltrapa!
Que sensual!
rsrs
"Ao notar o s...Hum,Maltrapa!<br />Que sensual!<br />rsrs<br />"Ao notar o sorriso malicioso do rapaz, Lígia sentiu um comixão entre as pernas, fechando os olhos, prazerosamente..."<br />Adorei isso!<br />Beijos!Carol Sakuráhttps://www.blogger.com/profile/06712060443771858175noreply@blogger.com